Como Reduzir e Compensar as Emissões de Carbono?

Como reduzir e compensar as emissões de carbono produzidas pelos resíduos sólidos

Todos os resíduos devem ser sujeitos a um esforço alargado de reutilização e recolha selectiva para reciclagem. Os resíduos que não possam ser reutilizados e reciclados deverão ser reduzidos: eliminados na fonte, por exemplo, através de substituições nas compras. Só em casos excepcionais deverão ser enviados resíduos para o aterro sanitário.

Em média, cada pessoa produz em média um kilograma de resíduos por dia.

Para reduzir esta enorme quantidade, a regra é «reduzir –reutilizar – reciclar»:

• Reduzir
  A primeira regra a ter em conta é a Redução da quantidade de resíduos produzido. Devem ser adoptados comportamentos verdes, adquirindo materiais resistentes, que apresentem um maior tempo de vida útil, rejeitando tudo o que for de usar uma vez só. Devem ser preferidos, por exemplo, toalhas e guardanapos de pano, em vez de papel, evitar comprar rolos de alumínio e de plástico, evitar o uso de loiça de papel ou de plástico, espalmar as embalagens por forma a conseguir-se uma redução significativa do volume de resíduos e escolher as embalagens para as quais exista um circuito organizado de reciclagem.
• Reutilizar
  Reutilizar significa utilizar mais do que uma vez um determinado produto. Com um pouco de imaginação e criatividade podemos reutilizar materiais, dando-lhes outra funcionalidade. Uma simples lata de rebuçados pode ser aproveitada para colocar canetas, material de costura ou para decoração. As garrafas vazias de vidro ou plástico podem ser utilizadas para armazenar outras bebidas, as embalagens podem ser aproveitadas para outros fins, os electrodomésticos, e móveis, que podem ser doados a pessoas carenciadas ou vendidos como objectos usados e as revistas, os jornais e os livros.
• Reciclar
  A reciclagem é um processo de transformação dos resíduos em novos produtos ou matérias-primas. Materiais como o papel, o plástico, o metal, a borracha, o vidro e a madeira, que já não satisfaçam as necessidades do seu possuidor devem ser separados selectivamente e colocados nos respectivos ecopontos. estes materiais entrarão assim no circuito de reciclagem, dando origem a novos objectos que seriam descartados como lixo.

Resíduos especiais

Resíduos electrónicos

Os resíduos electrónicos estão a aumentar a um ritmo de 3-5% por ano, cada cidadão da UE produz cerca de 17-20 kg de resíduos electrónicos por ano. Os resíduos electrónicos contêm substâncias como metais pesados e produtos químicos que podem ser extremamente nocivos para a saúde humana caso não sejam eliminados com precaução. A melhor alternativa para este tipo de resíduos é colocá-los no ecocentro. Um ecocentro é uma área vigiada dedicada à recepção de resíduos para reciclagem ou valorização com um volume de contentorização superior aos ecopontos e, com eventual mecanização para preparação dos resíduos para encaminhamento para a reciclagem ou valorização.

Pilhas

As pilhas contêm produtos químicos e metais nocivos, pelo que devem ser eliminadas com precaução nos centros de recolha adequados da zona. Em alternativa, pode-se igualmente utilizar pilhas recarregáveis.

Lâmpadas

O que fazer: separar as fluorescentes num lixo à parte. Já as lâmpadas incandescentes não são recicladas, uma vez que, segundo mostram as pesquisas, não causam impacto negativo no meio ambiente – elas devem ser depositadas, portanto, no lixo comum.

Baterias

O que fazer: reciclam-se só as de telefones sem fio, máquinas de filmar e telemóveis. As outras, assim como as pilhas, têm baixa concentração de metais pesados e por essa razão não são tidas como prejudiciais ao meio ambiente. Para reciclar, fazer um lixo separado: como as baterias são frágeis, podem romper-se e contaminar o restante dos detritos.

Resíduos orgânicos

A matéria orgânica existente nos resíduos sólidos (cerca de 75 a 80% da massa total dos resíduos) pode ser submetida a tratamentos biológicos para a sua conversão em produtos de utilidade. O tratamento que permite a reciclagem dos resíduos orgânicos designa-se por compostagem. Após este processo, os restos de comida, cascas de frutas, papéis, grama, restos de folhagens, pó de café etc podem servir como excelentes fontes de nutrientes para as plantas, sem muito esforço e custo, e, inclusive, melhorar as condições do ambiente.

A compostagem consiste na primeira etapa para transformar os resíduos domésticos numa forma mais estável, promovendo uma melhor aparência ao adubo.

Esse adubo orgânico quando adicionado ao solo, melhora as suas características físico-químicas e biológicas, levando o solo a produzir por mais tempo e com mais qualidade. Esse adubo orgânico poderá ser utilizado para adubar plantas frutíferas e hortaliças, contribuindo para aumentar a produção de alimento em áreas urbanas.

Actualmente a maior parte dos resíduos orgânicos são armazenados em contentadores de resíduos indiferenciados, e posteriormente são depositados em aterros sanitários. No entanto, este processo torna-se ambientalmente inefeciente, pois a decomposição dos resíduos é muito morosa, promove a proliferação de agentes patogénicos, exige grandes espaços para a construção dos aterros e consequentemente pode ser prejudícial à saúde pública. Assim surge como uma melhor alternativa ambiental o processo de compostagem. Este processo apresenta as seguintes vantagens:

• • transformar os materiais biodegradáveis orgânicos em material estável biologicamente;

• • reduzir a quantidade dos resíduos a depositar em aterro;

• • destruir organismos indesejáveis, presentes nos resíduos sólidos, como patogéneos e sementes de plantas daninhas;

• • reter o máximo de nutrientes (azoto, fósforo e potássio);

• • originar um material rico em nutrientes, a usar como promotor do crescimento das plantas e corrector do solo, reduzindo o recurso ao uso de fertilizantes químicos, que ao contrário do composto, disponibilizam os nutrientes de forma quase instantânea e não adaptada às necessidades nutricionais das plantas.