Utilização de Plástico em Portugal: Será que os Portugueses são Amigos da Natureza?
Segundo um estudo publicado em 2018 pela World Wildlife Fund (WWF),
Em Portugal 72% do lixo encontrado em zonas industriais e de estuários são microplásticos – partículas com menos de 5 milímetros que resultam da degradação do plástico.
As zonas mais afetadas pelos microplásticos, são Lisboa e a Costa Vicentina pela proximidade aos estuários do Tejo e Sado.
Esta poluição por microplásticos tem repercussões importantes não só na cadeia alimentar marinha, mas também em humanos.
Estima-se que 20% dos peixes de consumo quotidiano tenham microplásticos nos seus estômagos e 80% das tartarugas-marinhas-comuns comam lixo – que na sua maioria é plástico.
No estuário do Rio Douro existem mais plástico do que larvas de peixe, numa proporção de uma larva para 1,5 partículas de microplástico.
Números Elevados na União Europeia
Em outubro de 2017, a Seas At Risk publicou um estudo com alguns números alarmantes sobre o consumo de plástico e de descartáveis na UE. Estes números são relativos à vida quotidiana dos europeus dos 28 estados-membros, e ao consumo de plásticos que contribui para a poluição dos oceanos. O estudo mostra que, por ano, são consumidos:
– 46 mil milhões de garrafas de plástico;
– 16 mil milhões de copos de plástico;
– 580 mil milhões de beatas de cigarros;
– 2,5 mil milhões de embalagens descartáveis do estilo take-away;
– 36,4 mil milhões de palhinhas.
Mais: este tipo de plásticos e resíduos compreendem cerca de 51% do lixo encontrado em praias europeias, segundo o mesmo estudo. Além disso, o desperdício de recursos e o custo em tratamento de resíduos associado é, obviamente, enorme.
Números Elevadíssimos em Portugal
Em Portugal os números fazem pensar. Anualmente, Portugal consome:
– 721 milhões de garrafas de plástico;
– 259 milhões de copos de café descartáveis;
– mil milhões de palhinhas;
– 40 milhões de embalagens de descartáveis (take away ou fast food);
– 10 mil milhões de beatas de cigarros.
Será que estamos preparados para mudar de comportamento?
Portugal consome anualmente 721 milhões de garrafas, 259 milhões de copos de café descartáveis e 1000 milhões de palhinhas de plástico.
O que representa números elevados de consumo de plástico e de produção de resíduos por pessoa: cada português produz uma média diária de 1,32kg de resíduos.
Dicas para reduzir o consumo de plástico
O plástico tornou-se um material constante nas nossas vidas. Está em todo lugar: embalagens de produtos, ingredientes cosméticos, têxteis, telemóveis, etc. Reduzir o consumo de plásticos requer, portanto, não apenas uma mudança de hábitos, mas também uma mudança de mentalidade.
Números assustadores sobre o plástico:
- Todos os anos, 500 bilhões de garrafas de plástico são produzidas por todo o mundo.
- Em 2020, geraremos mais de 500 milhões de toneladas de plástico, 900% a mais do que em 1980.
- O plástico no oceano já representa mais de 150 milhões de toneladas de resíduos.
- Todos os anos, cerca de oito milhões de toneladas de plástico acabam nos mares e oceanos.
Evite plásticos descartáveis
Plásticos descartáveis, como pratos e talheres feitos desse material, facilitam nossa vida, mas prejudicam gravemente o planeta.
Utilize sacos de pano para transportar as suas compras de supermercado
Para além dos sacos de pano serem laváveis, normalmente são mais resistentes e podem ser usados durante muitos anos.
Compre mais alimentos a granel e menos produtos embalados
Os recipientes descartáveis estão a inundar os supermercados (bandejas de poliestireno, garrafas PET, tetra paks, recipientes de plástico, etc.). Mas existe uma alternativa: cada vez mais estabelecimentos oferecem a possibilidade de comprar produtos avulsos.
Substitua recipientes de plástico por recipientes de vidro
Se come no trabalho, os recipientes de alimentos fazem parte do seu dia. Sugerimos que mude a sua rotina e opte por recipientes de vidro. Os recipientes de vidro são melhores para o ambiente. Além disso alguns recipientes de plástico podem libertar substâncias nocivas para os alimentos.
